Neste projeto, a música e religiosidade se entrelaçam, buscando evocar uma conexão com o ritualístico através de uma musicalidade intensa e ligada à música eletrônica. Mantendo os elementos originais da obra, foram adicionados novos efeitos e dinâmicas rítmicas, combinando contemplação e movimento. As vozes foram utilizadas de forma a criar uma espacialidade e expandir as evocações vocalizadas pelas cantoras ao longo da faixa. O objetivo era produzir uma música intensa, potente e contemplativa, refletindo a versatilidade do próprio Órixa (Eshu/Eleggua) que a música cultua.

O conceito do remix de Fernando TRZ foi re-editar a canção trazendo novas texturas sonoras com alguns sintetizadores, criando uma atmosfera mais solar, e re-sampleando elementos do arranjo original tais como o piano, os metais e os coros, criando novos loops e adicionando beats eletrônicos para a canção, mas sem perder sua essência orgânica.

Tata levou a música para um lugar mais lúdico e experimental com drum and bass bem percussivo e brasileiro com pitadas de sintetizadores e slices que acabou dando sua assinatura sonora pro remix.

Trazendo uma envolvente sonoridade do deep house dos anos 90 em seu remix, Érica destaca os elementos da música e o vocal de forma cativante. Sua pesquisa uniu a House Music e a Capoeira, valorizando o vocal e os elementos originais da música.

Ao gravar a faixa sem a restrição de um metrônomo, Chico realizou uma edição minuciosa de cada compasso para adequar o material a um BPM específico. A partir desse ponto, ele desenvolveu o ritmo e adicionou texturas, re-sampleando o piano e incorporando programações de baixo, cordas e sintetizadores. Durante o processo de mixagem, Chico cuidadosamente estudou os espaços para preenchê-los com ambiências, priorizando a poesia e preservando a integridade da voz original sem realizar grandes alterações.

Neste remix pop de Yemaya, os melhores momentos da voz original são combinados com novos arranjos de metais, criando uma sensação de mergulho na melodia, como o canto da sereia Iemanjá nadando. O tom jazzy afro-latino confere uma pegada orgânica à obra, enquanto a mistura de elementos minimais mantém a riqueza da música original. Com 74 faixas na mixagem, os ataques de piano e vibrafone são realçados, juntamente com a linha de baixo e o kick da versão eletrônica, que dá o pulso ao remix deep house. Com uma duração de 2:39, essa versão é uma poderosa mensagem musical para ser apreciada à beira-mar, ao pôr do sol, homenageando a orixá Iemanjá e seu devoto compositor.

Rodrigo optou por produzir uma versão original a partir do que considera o ponto alto da faixa: os vocais e metais. A maioria do beat foi recriada no sintetizador modular, que também foi usado para recombinar as vozes através de granulação. O resultado acabou numa inesperada mistura de claves africanas com uma pitada de "soul de terreiro". A linha de baixo e teclados adicionais foram tocados em um Roland JV1010 dos anos 80, manipulando seus filtros em tempo real.